retalhos

lida do ano

    1) o espectador não é o indivíduo 2) que entende 3) que simpatiza 4) que ama 5) que se apaixona 6) o espectador é tão escandaloso quanto 7) o autor 8) ambos infringem a ordem 9) da conservação 10) que exige 11) ou silêncio 12) ou a relação

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cartografia do irrelevo (II)

  Messidor, Alain Tanner, 1979   technique     das mídias, a mídia do corpo, a maneira do sentido, o rastro   me falam “olhar”, e eu digo: encontrar o gesto; me falam “espelho”, e eu digo: isolar o gesto; me falam “representação”, e eu digo: libertar o gesto.  

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cartografia do irrelevo (I)

  Totally Fucked Up, Gregg Araki, 1993     uma     é “mulher inseto”, a outra é “garota da escuridão”, e a beleza toda disso é que, apesar de chegar no mesmo lugar que talvez só Imamura tenha conseguido alcançar naquele contexto do pós-guerra, o filme da Tanaka vai

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um dia na vida

    “A curiosidade do homem ultrapassa o alcance dos sentidos. Embora a nossa vitória sobre o tempo e o espaço represente um enriquecimento impressionante do mundo perceptivo, favorece também o culto da estimulação sensorial que caracteriza a atitude cultural do nosso tempo. O gosto pelo tosco, o gosto pelo

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Vinte vistas

  zero.     O que diria o “homem ordinário” de Schefer quando pela primeira vez desde o advento da invenção sem futuro lhe foi deliberadamente negado o direito/dever de frequentar a sala escura? “Como todo ano, o Delegado Geral irá revelar os nomes dos filmes angariados com a insígnia

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rev1.txt

   extraviade     Revejo este filme em HD e me delicio não só com ele, mas com a pertinência de seu título. Tomar-nos de assalto, ser a antítese imediata da nossa expectativa, como um gatuno que se enfurna no esconderijo impossível: hipnotizado pelo porvir de Eleonore, vislumbro nele talvez

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2019, do fazer (de conta)

Uma das coisas mais espantosas destes mais de 120 anos de aventura do cinema é o fato de como uma frase aparentemente tão simples foi capaz de mudar por completo o rumo de sua história: “as coisas estão aí, por que manipulá-las?” Acontece que de simples essa célebre frase de

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No princípio era o velho

À primeira vista, parece impossível ler a sentença que dá nome ao terceiro longa-metragem da realizadora chilena Dominga Sotomayor sem sermos tomados por uma sensação sombria, aterrorizante. Como se estivéssemos à frente de um tipo de maldição. Imediatamente, surge a pergunta inevitável: não há mesmo saída? Se procurarmos as raízes

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